FIESP, Inovação e Indústria - 01/08/2016
FIESP, Inovação e Indústria
Entre vários assuntos falou-se da necessidade de
incutir na mentalidade de nosso empresariado a importância da inovação para a
competitividade do produto, sugestões sobre a gestão do Distrito Industrial e
do gasoduto (inaugurado em 2013), e produtos agrícolas que nossos produtores
pouco se atentam. Entretanto, o foco dos apontamentos de nossa fonte gira em
torno de qual setor priorizar na formação de nosso parque industrial e,
consequentemente, nosso Polo de Tecnologia: transformação de lixo em energia.
Pedro lembrou da
comitiva sanjoanense que visitou a china no começo da década,país onde possui
parceiros comerciais, e é enfático ao dizer que perdemos uma bela oportunidade
de criar uma usina que transformasse nosso lixo em energia. Lixo e energia são
dois problemas que estão no topo das prioridades mundiais, envolvem todos
porque todos produzem lixo e consomem energia:ofereceriam juntas um leque
infinito de temas para pesquisa, traria dividendos para o município e, enfim,
teríamos um projeto de desenvolvimento local que chamaria a atenção de toda a
população para inovação, para o problema dos resíduos e produção de energia
limpa. Hoje São João paga para levar seu lixo para São Carlos; caso tivéssemos
aceito o sistema chinês, o lixo de outros municípios geraria receita e empregos
para os sanjoanenses.
Segundo ele, a
tentativa do PoloAeronáutico é válida, mas existem vários outros setores que
poderiam ser atendidos tanto na indústria quanto na agropecuária, levando-se em
consideração os vários cursos de nível superior oferecidos e a diversidade de
nosso setor produtivo regional, que vai desde cerâmica vermelha até autopeças
de precisão. Além de energia, que ainda não havia sido levantada em nossas
discussões, uma outra pauta urgente seria criar uma sinergia entre estes outros
setores.
Precisamos de um universo de inovação o mais amplo possível,
e todos setores precisam ser ouvidos. Temos muitas alternativas, e uma não exclui
necessariamente a outra, mesmo se assumirmos uma área específica como carro
chefe na formação de nosso Sistema Local de Inovação. O mais interessante seria
encontrar um setor que envolva a maior gama de outros setores, como é o caso da
energia, que todos usam. O caminho talvez não seja pensar um projeto e tentar
convencer a sociedade de que é o melhor, mas encontrar um denominador comum
entre os envolvidos, por exemplo lixo e energia. Para que o Polo de Tecnologia
funcione, antes de ter a concordância de todos, precisa-se ter a opinião de
todos. Conhecer todos os lados que montam esse quebra-cabeça tem sido o
objetivo deste espaço aqui no site. Semana que vem tem mais.
Artigo apresentado no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=mOMXxC_8a70
* Publicado originalmente no site do jornal O Município em 01/08/2016